segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

27-01 Curso Epi-INFO

Neste dia nos deslocamos novamente para a Prefeitura do Rio de Janeiro para mais uma oficina. Agora para aprendemos a utilizar o Epi-INFO, um software de domínio público para o controle de epidemiologias em todo o mundo, podendo ser utilizado em grande ou pequena escala para avaliar os dados de um grupo de pessoas.

Foi muito interessante conhecer este programa, não conhecia nada do mesmo e depois que conheci comecei a me interessar mais por esse lado da pesquisa, dados e estatísticas, os professores foram muito bem atenciosos e com o tempo de duração do curso, muito curto, ainda sim conseguiram passar muito bem a matérias que tinha proposto. Quero um dia poder trabalhar mais com este software.

26-01 Complexo de Saúde da Rocinha

Dia mais esperado e aclamado pelos estudantes que estavam no VER-SUS. Neste dia iriamos conhecer melhor o complexo e alguns alunos iriam acompanhar um agente de saúde no seu dia de trabalho, subindo e conhecendo a comunidade.





Eu fui um dos que não acompanhei o combate contra a denge na comunidade da clínica Hans Dohman, então acompanhei a ida na comunidade. Neste dia de trabalho com a o agente de saúde Walter, fomos fazer a contagem das casas que existiam dentro de uma micro-área.

Foi um passeio muito marcante para mim. Desde o começo quando fomos fazer a contagem das moradias compreendi por que a rocinha possui tantos moradores,pois em um prédio com 6 janelas o agente de saúde imagina que tem 6 apartamentos de frente e 6 de fundo.  Após fazer a previsão, entramos e vimos que existiam 12 apartamentos, mais 20 apartamentos na parte de trás do prédio. Consegui  ver a realidade e a tensão de subir o morro que nem mesmo os filmes conseguem demonstrar. Me senti  “preso em uma gaiola” pelos corredores estreitos por onde andei, completamente deslocado do meu mundo e da realidade que vivo ou como imaginava que seria. Pensei que seria apenas mais uma experiência, dentro de tantas vividas dentro do VER-SUS, mas vi que mesmo estanto cara a cara com uma realidade complexa, difícil, ali moram pessoas que necessitam de cuidados e de saúde.

Vi locais inapropriados para moradia, lembrando o “Beco da Mijança”. Nos locais que visitei não existe saneamento básico, moradias encrustadas nas rochas vivendo na total umidade e mofo. Morar no morro não é tão simples assim como muitas pessoas acham, mas ao mesmo tempo, vi a maioria das casas com ar condicionado, telefone e televisão, junto aos postes que se apresentavam com 50 cabos pendurados, sendo que estes postes tem a possibilidade de manter 10 fios com segurança.

Me preocupo como até onde esse morro poderá aguentar a construção de novas casas e a quantidade de pessoas morando naquela região, pois a estimativa de moradores é de 130 mil pessoas, mas ninguém sabe dizer quantas pessoas exatamente existem la. A saúde do Brasil tem que melhorar, mas se o povo não se ajudar, não adianta, nós trabalhadores da saúde e defensores do SUS trabalharmos que nem loucos. É como trabalhar com as mãos amarradas.


25-01 Oficina de Postais

Neste dia fomos para a prefeitura do Rio de Janeiro, pela primeira vez, para uma oficina de postais.

O que são os postais? São cartões postais com imagens e um dizer, uma frase, defendendo vários idéias relacionadas à saúde da população. Podem ser trabalhados temas como a fome, a discriminação racial, religiosa, a importância de estudar e de realizar atividade física, dentre outros.

No começo achei um pouco intediante, achei que não me serviria para muito o aprendizado de como que eram feitos os postais ou qual o seu fim, pelo motivos de ser um grande custo e que a população não daria a mínima importância, mas ao fim de todo o trabalho que realizaram conosco foi de grande aprendizado. Entendi que, mesmo sendo um custo alto para produzir cada postal, o ganho pode ser grande, começando pelas crianças nas escolas os enviando para os seus pais e parentes e também pelo motivo de estarem aprendendo junto a capacidade de compreensão de por que estão enviando tal postal.

24-01 Complexo da Rocinha

Sala de espera e recepção do CAP III
Hoje visitamos, em mais um dia de trabalho, pela primeira vez, o Complexo de Saúde da Rocinha. Um local diferente de todos que visitamos até o momento, um complexo composto por uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS III) e uma Clínica da Família. Esses três "pilares" agem de forma integrada, fazendo uma ligação entre as unidades,possibilitando ao usuário que tenha a atenção pscicosocial,  a atenção primária e o pronto atendimento.
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Vimos uma realidade que, muitas vezes, se apresentava surpreendente mas, ao mesmo tempo preocupante. Identificamos que a sociedade da Rocinha não é feita apenas de problemas, como tiroteios, mortes e falta de estrutura, mas sim que todo este processo de conhecimento e ajuda, está ainda em construção o que se estende para esta unidade do SUS inaugurada a pouco tempo. E que diferentemente da clínica da família Hans Dohmann, se apresentou sempre com movimento e muitos atendimentos.

Isso deve se tornar visível, tanto a população que vive na rocinha, quanto para a que não vive e para os políticos. Assim, todo esse processo que está se tornando cada vez mais estruturado e sólido pode ser replicado em outras comunidades, assim levando saúde para todo o Rio de Janeiro.

Trabalhos manuais realizados pelos usuários do CAPS III 



Corredor do CAPS III

Trabalhos realizados pelos usuários do CAPS III

21-01 Oficina INFO-SAÚDE


Este dia fomos para a FIOCRUZ mais uma vez, mas desta vez para a apresentação do INFOSAÚDE e debate para definir o tema que os alunos deveram apresentar na próxima edição do exemplar.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

20-01 UPA e PAC Manguinhos



Neste dias visitamos uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)  e o Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC). Nesta visita, comecei a entender melhor como funciona o Sistema Único de Saúde, dentro da cidade do Rio de Janeiro e como ele se estrutura, dentro das difículdades ainda presentes.

Esta UPA funciona de forma a receber uma grande demanda de pessoas para atendimentos e quando chegamos na sala de recepção, vimos que não era apenas um posto onde as pessoas eram “jogadas e condenadas a esperar uma eternidade”. O fluxo era grande, mas mesmo assim as enfermeiras, médicos e recepcionistas conseguiam manter a fila de espera em menos de 20 minutos, especialmente, em situações de não-urgência.

Esta Unidade de Pronto Atendimento ”caiu como uma luva na região de manguinhos”, conseguindo melhorar a qualidade de vida da população presente na região e, se diga de passagem, muito bem localizada ao lado do PAC. Mas ainda sim vejo problemas que não entendo, como um local fechado, sem ventilação alguma que recebe pacientes com doenças infecto-contagiosas e que pemanece junto a outros pessoas. E o controle de doenças como fica? Onde apenas uma enfermeira que faz a triagem dos pacientes usa máscara, o que podemos esperar do restante dos usuários?

No PAC que fica ao lado da UPA Manguinhos, ao ouvir os usuários do serviço daquela região, relataram que havia  muitas dificuldades no que se relaciona à saúde. Entretanto, neste momento, consegui  ver um trabalhou pesado e investimentos tanto em saúde mental quanto física, possibilitanto a população usufruir livros, internet, oficinas, filmes, música... e agora com a implantação da farmácia popular junto ao PAC, vejo a possibilidade desta região mudar e para melhor.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Beco da Mijança


No dia em que visitamos pela segunda vez a clínica da família Hans Dohman, o Dr. Leonardo nos conduziu ao local onde ele trabalhava fazendo visitas e acolhendo a população, pela clínica da família. Neste Beco, nos deparamos com uma precariedade que não podemos entender como pessoas conseguem viver. Um lugar, muitas vezes inabitável, apresentando focos de dengue e poças de lama com presença, quase sempre, de urina e fezes humanas. Um local em que não existe saneamento básico algum e muito menos asfaltamento.


Crianças brincam nas ruas, em poças e mergulham em esgotos abertos como se estivessem em um parque de diversões.

O que me deixa mais intrigado diante desta realidade é ver que, muitas vezes, apesar de toda a precariedade material, pais e fillhos ainda mantém um sorriso no rosto. 

Poço com presença de larvas
O Rio de Janeiro, após a implantação das clínicas da família e UPAs teve uma melhoria na cobertura de atendimento à saúde da população, conseguindo subir de 5% para 20% de atendimento básico da população, em apenas 2 anos. É muito bom ver que o Brasil, mais precisamente o Rio de Janeiro, está ganhando muito com a saúde pública e que conseguimos ver uma evolução em todo esse processo de estruturação de um sistema que se apresentava ineficaz diante da uma população muito grande. 

   
Mas ainda vemos problemas a serem revisados e resolvidos. Não podemos pensar em controle de doenças, da saúde em si, se não pensarmos em saneamento básico, primeiramente.


19-01 Vivência Hans Dohmann



Neste dia visitamos a clínica Hans Dohmann novamente, mas desta vez não apenas para conhecer o sistema e a sua funcionalidade, mas sim, para acompanharmos um profissional e conhecer o seu cotidiano dentro da clínica da família e comunidade .

Como dito no post anterior, a turma foi dividida em 4 grupos de 4 componentes cada um, desta maneira os alunos também foram direcionados com o mesmo grupo para as visitas. Este grupo ficou composto por duas estudantes de odontolodia (Débora e Clarissa), um de saúde coletiva (Fabiano) e um da fisioterapia (Marco). Sendo desta forma, fomos direcionados a acompanhar o odontólogo Leonardo durante o seu trabalho do dia.

No começo fiquei muito angustiado pelo motivo de não estar vivenciando experiências ligadas diretamente a minha profissão (fisioterapia). Mas após um tempo, comecei a avaliar desde a intervenção do dentista com o usuários, os locais onde o profissional se submetia a trabalhar e até como ele se portava durante os atendimentos, do ponto de vista ergonômico, avaliando-o e identificando posturas que poderiam prejudicar o seu trabalho em longas jornadas.

Com esta vivência pude me dar conta que o sistema é multidisciplinar e mesmo o  fisioterapeuta não estando presente na atenção básica, ele pode atuar na prevenção de DORT, criando uma horizontalidade de profissionais e usuários.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

18-01 Oficina de vídeo FIOCRUZ.

Foi realizada uma oficina de vídeo na FIOCRUZ mais precisamente no OTICS. Nesta oficina podemos conhecer melhor como manipular uma câmera, qual o melhor posicionamento, enquadramento, iluminação, entre outras coisas. Foi muito produtivo, pois ficamos sabendo que os alunos iriam ser divididos em 4 grupos e assim teria quem produzir um documentário, reforçando a idéia da vivência e experiências dentro do sistema único de saúde.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

17-01 Clínica da família Hans Jurgem Fernando Dohmann - Academia carioca


    Tanto a clínica da família (CF) quando a Academia carioca, apresentam uma realidade fora do comum e usual para o meu trabalho e intervenção a comunidade, indo ao encontro tanto de estrutura quando em questão de atendimento e triagem.

  A Clínica da família possui um ideologia fugindo completamente da ideologia de pirâmide flexível e assumindo um papel estático apresentando apenas uma porta de entrada para o usuário do sistema único de saúde (SUS), dentro da clínica. Onde, hoje em dia, o Brasil segue uma linha hospitalocentrica.



    Um serviço que está capacitado a atender a maioria, se não toda, a demanda de pacientes que chega a CF, intervindo antes dos indivíduos procurarem um hospital e assim, entupindo, sobrecarregando um sistema que deveria ser a sequência de um atendimento primário. Podemos identificar a territorialização tendo em vista um  atendimento mais organizado e melhor distribuição, levando em conta a quantidade de habitantes por km/m² e com isso os territórios mais específicos para um planejamento adequado a quantidade e qualidade de atendimento.
    A CF segue uma linha desde prevenção, promoção e reabilitação tendo em vista junto a academia carioca implementada pela secretaria da saúde. Com a inclusão deste meio de intervenção em pacientes diabéticos e hipertensivos junto com o acompanhamento do fisioterapeuta, educador físico, médico e nutricionista criando uma interdisciplinaridade soberana e muito impactante na saúde de todos que frequentam a clínica da família Hans Jurgem Fernando Dohmann.
    Com o exercício na academia os profissionais da saúde identificaram nos usuários uma melhora do sono, flexibilidade, melhora social, força muscular... Enfim, diante do que os usuários relatam uma melhora na sua qualidade de vida, com isso diminuindo suas queixam de dores.
     Vejo este investimento da prefeitura do Rio de Janeiro como uma inovação em sistemas de saúde, dando uma assistência sistematizada de modo a compreender a população de uma forma mais adequada a intervir de modo adequado a não sobrecarregar o sistema e não haver gastos que poderiam ser direcionados a áreas com mais necessidade. Sendo que a longo prazo as academias cariocas espalhadas pelas AP's do RJ diminuiriam a necessidade dos usuários do sistema de intervenção diretamente hospitalar.