sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Beco da Mijança


No dia em que visitamos pela segunda vez a clínica da família Hans Dohman, o Dr. Leonardo nos conduziu ao local onde ele trabalhava fazendo visitas e acolhendo a população, pela clínica da família. Neste Beco, nos deparamos com uma precariedade que não podemos entender como pessoas conseguem viver. Um lugar, muitas vezes inabitável, apresentando focos de dengue e poças de lama com presença, quase sempre, de urina e fezes humanas. Um local em que não existe saneamento básico algum e muito menos asfaltamento.


Crianças brincam nas ruas, em poças e mergulham em esgotos abertos como se estivessem em um parque de diversões.

O que me deixa mais intrigado diante desta realidade é ver que, muitas vezes, apesar de toda a precariedade material, pais e fillhos ainda mantém um sorriso no rosto. 

Poço com presença de larvas
O Rio de Janeiro, após a implantação das clínicas da família e UPAs teve uma melhoria na cobertura de atendimento à saúde da população, conseguindo subir de 5% para 20% de atendimento básico da população, em apenas 2 anos. É muito bom ver que o Brasil, mais precisamente o Rio de Janeiro, está ganhando muito com a saúde pública e que conseguimos ver uma evolução em todo esse processo de estruturação de um sistema que se apresentava ineficaz diante da uma população muito grande. 

   
Mas ainda vemos problemas a serem revisados e resolvidos. Não podemos pensar em controle de doenças, da saúde em si, se não pensarmos em saneamento básico, primeiramente.


19-01 Vivência Hans Dohmann



Neste dia visitamos a clínica Hans Dohmann novamente, mas desta vez não apenas para conhecer o sistema e a sua funcionalidade, mas sim, para acompanharmos um profissional e conhecer o seu cotidiano dentro da clínica da família e comunidade .

Como dito no post anterior, a turma foi dividida em 4 grupos de 4 componentes cada um, desta maneira os alunos também foram direcionados com o mesmo grupo para as visitas. Este grupo ficou composto por duas estudantes de odontolodia (Débora e Clarissa), um de saúde coletiva (Fabiano) e um da fisioterapia (Marco). Sendo desta forma, fomos direcionados a acompanhar o odontólogo Leonardo durante o seu trabalho do dia.

No começo fiquei muito angustiado pelo motivo de não estar vivenciando experiências ligadas diretamente a minha profissão (fisioterapia). Mas após um tempo, comecei a avaliar desde a intervenção do dentista com o usuários, os locais onde o profissional se submetia a trabalhar e até como ele se portava durante os atendimentos, do ponto de vista ergonômico, avaliando-o e identificando posturas que poderiam prejudicar o seu trabalho em longas jornadas.

Com esta vivência pude me dar conta que o sistema é multidisciplinar e mesmo o  fisioterapeuta não estando presente na atenção básica, ele pode atuar na prevenção de DORT, criando uma horizontalidade de profissionais e usuários.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

18-01 Oficina de vídeo FIOCRUZ.

Foi realizada uma oficina de vídeo na FIOCRUZ mais precisamente no OTICS. Nesta oficina podemos conhecer melhor como manipular uma câmera, qual o melhor posicionamento, enquadramento, iluminação, entre outras coisas. Foi muito produtivo, pois ficamos sabendo que os alunos iriam ser divididos em 4 grupos e assim teria quem produzir um documentário, reforçando a idéia da vivência e experiências dentro do sistema único de saúde.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

17-01 Clínica da família Hans Jurgem Fernando Dohmann - Academia carioca


    Tanto a clínica da família (CF) quando a Academia carioca, apresentam uma realidade fora do comum e usual para o meu trabalho e intervenção a comunidade, indo ao encontro tanto de estrutura quando em questão de atendimento e triagem.

  A Clínica da família possui um ideologia fugindo completamente da ideologia de pirâmide flexível e assumindo um papel estático apresentando apenas uma porta de entrada para o usuário do sistema único de saúde (SUS), dentro da clínica. Onde, hoje em dia, o Brasil segue uma linha hospitalocentrica.



    Um serviço que está capacitado a atender a maioria, se não toda, a demanda de pacientes que chega a CF, intervindo antes dos indivíduos procurarem um hospital e assim, entupindo, sobrecarregando um sistema que deveria ser a sequência de um atendimento primário. Podemos identificar a territorialização tendo em vista um  atendimento mais organizado e melhor distribuição, levando em conta a quantidade de habitantes por km/m² e com isso os territórios mais específicos para um planejamento adequado a quantidade e qualidade de atendimento.
    A CF segue uma linha desde prevenção, promoção e reabilitação tendo em vista junto a academia carioca implementada pela secretaria da saúde. Com a inclusão deste meio de intervenção em pacientes diabéticos e hipertensivos junto com o acompanhamento do fisioterapeuta, educador físico, médico e nutricionista criando uma interdisciplinaridade soberana e muito impactante na saúde de todos que frequentam a clínica da família Hans Jurgem Fernando Dohmann.
    Com o exercício na academia os profissionais da saúde identificaram nos usuários uma melhora do sono, flexibilidade, melhora social, força muscular... Enfim, diante do que os usuários relatam uma melhora na sua qualidade de vida, com isso diminuindo suas queixam de dores.
     Vejo este investimento da prefeitura do Rio de Janeiro como uma inovação em sistemas de saúde, dando uma assistência sistematizada de modo a compreender a população de uma forma mais adequada a intervir de modo adequado a não sobrecarregar o sistema e não haver gastos que poderiam ser direcionados a áreas com mais necessidade. Sendo que a longo prazo as academias cariocas espalhadas pelas AP's do RJ diminuiriam a necessidade dos usuários do sistema de intervenção diretamente hospitalar.